7/30/2013

Quando uma estrela morre esparge pólen no espaço.
            Ocasionalmente o pólen se condensa em elementos água terra fogo e ar
            Ocasionalmente os elementos se enovelam no tecido sensível da vida
            Ocasionalmente uma fina camada de pólen entardece o dia nos cristalinos olhos de vinho das coisas vivas
            Do pólen de estrelas mortas vem a carne, vêm os ossos, vem a pele e o sopro que anima, como um istmo, alma nos robôs sanguíneos
            (há um fundo de pólen em todos os olhos, num sorriso e há um fundo de pólen no espaço escuro do universo)
            Ocasionalmente o tecido sensível da vida esparge pólen na tarde, num diminuto clarão estelar contra os padrões do dia.
            Ocasionalmente vemos uma estrela morrer no céu distante.


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