Quando uma estrela
morre esparge pólen no espaço.
Ocasionalmente o pólen se condensa em elementos água
terra fogo e ar
Ocasionalmente os elementos se enovelam no tecido
sensível da vida
Ocasionalmente uma fina camada de pólen entardece o dia
nos cristalinos olhos de vinho das coisas vivas
Do pólen de estrelas mortas vem a carne, vêm os ossos,
vem a pele e o sopro que anima, como um istmo, alma nos robôs sanguíneos
(há um fundo de pólen em todos os olhos, num sorriso e há
um fundo de pólen no espaço escuro do universo)
Ocasionalmente o tecido sensível da vida esparge pólen na
tarde, num diminuto clarão estelar contra os padrões do dia.
Ocasionalmente vemos uma estrela morrer no céu distante.
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