Uma voz me procura sonho adentro,
vida adentro, não sei se é este o lado
ou o outro, em que me venho só e ardendo
e não me chego cedo nem me tardo:
vivia de impresságios afogado,
no pendular das noites e dos dias
e da inconcreta espuma em que me vazo,
sonante espuma, flutuante e fria,
nasce mais um silêncio estarrecido,
crespo silêncio, todo ruga e gelo
- congela os olhos, sangue, boca, pelo.
Manchada a pele embaixo do tecido,
a voz me chega do buraco fundo:
a palavra é a véspera do mundo.
vida adentro, não sei se é este o lado
ou o outro, em que me venho só e ardendo
e não me chego cedo nem me tardo:
vivia de impresságios afogado,
no pendular das noites e dos dias
e da inconcreta espuma em que me vazo,
sonante espuma, flutuante e fria,
nasce mais um silêncio estarrecido,
crespo silêncio, todo ruga e gelo
- congela os olhos, sangue, boca, pelo.
Manchada a pele embaixo do tecido,
a voz me chega do buraco fundo:
a palavra é a véspera do mundo.
2 comentários:
"A sabedoria ideal está no Silêncio" e "Se aspiras ser um Adepto, impõe ao seu eu interior o mais rigoroso silêncio".
BEm, estes textos gnósticos fascinam, a promessa de sabedorias esotéricas. Mas meu ceticismo esbarra nas arestas deles.
Só que em geral são lindos, sugerem lindas ficções.
Abração.
Postar um comentário