5/12/2009

Conciliábulo

Mas porque eu deixaria como rastro
O amor que você,
Cobra me cobra pra
Amar como quem anda armado
Ou se armadilha em

Deserto, desterro ou arquipélago, se
Em sua ilha de amigos belicosos

Rastejar se oferece no cardápio frio
Entre seus perdões de chumbo
Pelo que você não tem, alma –
Ulcera engrenagem vazia, concílio
Devorador de sangue, vômito
Inodoro que o amor desmente,
Ou repudia.

4 comentários:

Eliana Pougy disse...

Muito lindo.

Aldemar Norek disse...

Também adorei! Um ponto médio entre emoção e domínio.
Abração.

Daniel F disse...

Que bom que vocês gostaram. esse aí foi bem proposital mesmo, pensei num acrostico, nada como umas regrinhas autoimpostas pra aparar umas arestas...

Aldemar Norek disse...

É por isso que gosto do soneto - uma regra autoimposta: apesar dela, você tem que fazer um bom poema. Às vezes sai....