4/23/2010

nº 94


O meu desejo vagou por cada sombra
do labirinto, quer dizer, do paraíso
e se contaminou, riscando
com as unhas mensagens nos muros
até que escorresse o sangue, não sei
se do muro, das letras ou
da pele – se elas sangram não importa
mais, as dores
eram outras e esperavam
congeladas dentro do corpo, bomba
subterrânea que murmura “a qualquer
momento, a qualquer
momento
”.

2 comentários:

Daniel F disse...

Gostei, Aldemar!

Aldemar Norek disse...

Quem gosta sou eu, Daniel, toda vez que de algum modo estes escritos lhe tocam. Obrigado!
Abração, Daniel.