Se, como quem não quer
nada, sobre os lençóis (neste momento
os dedos se perderiam na maranha
reluzente e tão negra como o artifício
de um céu noturno um átimo
depois da explosão
dos fogos) fossem mencionadas ruínas
sob o azul, tão brancas
em sua opacidade
aflitiva sem dar
conta do sol
que as ilumina, e explodir (quando os mesmos
dedos se perceberem
úmidos e quentes) a lembrança
do púrpura e do carmim
que as revestia, o que se quer dizer é vertigem
do corpo, e isso quer dizer
labirinto, ou a cara do anjo que agora
fecha os olhos, e se uma palavra
como amor for mencionada
foi por apuro ou mera
distração – não se fala mais
nisso, e isto agora quer dizer clímax,
anticlímax, retorno das horas,
espera, segredo,
surdina.
3 comentários:
Daniel, desculpe pela looonga ausência.
Dias febris por aqui.
Abraço.
e que poemas, hein?
Vou ler agora de novo, com calma.
Beleza.
Você quis escrever "maranha" mesmo? não sei o que é isso.
Maranha vem de emaranhado.....
Estou no maior furãcão de tempo aqui...
Por isso tenho postado tão pouco.
Mas pretendo me redimir...rs
Abraço!!!!!
Obrigado pelo comment, irmão.
saudade de vc e daqui.
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