Sempre contornos
E um espaço que pulsa
(Alma –
Deve ser o nome disso
Sempre contornos
Traços, não linhas
Um desenho feito a caule
Sobre o corpo
Vegetal, transparente e denso
(Alma –
Deve ser o nome disso
Essas flores agem como se fossem
Feras
E não dá pra saber se as pétalas vermelhas
São um coração exposto
Se esse corpo só contorno
E alma está brotando
Com as flores, se ele pulsa
E as pétalas vermelhas abrem e fecham
Como um coração exposto
Ou se ele se dissolve na terra úmida
Como uma ruína tomada pela vida
Vegetal, a vida cega, lenta
Que procura uma nova forma de transparência.
As flores são amigáveis
Mesmo a custo de sangue?
O que fazer
Com tanta delicadeza?
(Anjo –
Deve ser o nome disso
Um comentário:
gostei bastante. Parabéns por esse mergulho. Um grande abs, M.
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