porquê escrever?
de onde vem a crença na narrativa?
que loucura é esta que te faz escrever, te faz simplesmente acreditar que possa encadear palavras e querer formar sentido e da mesma maneira que me dá vontade de me entregar à leitura e ficar escutando os sons das palavras e me acalmando por estar neste cubiculo que é o mundo.
que loucura é essa que nos impele viver e viver de certa forma, uma
forma nova é possivel?
o que para mim é mais dificil é aceitar que a literatura não é algo
natural, que é construida e pensada e elaborada
e tanto pode acalmar como nos colocar ansiosos e sobressaltados pois
desfamiliarizar
desfamiliarizar, acho que este seria o conceito chave para você
destes contos, o que seria seu? qual o desejo que te impele a
escrever? podemos dizer que é o excesso - de desejo - que gera este
apetite mesmo magro da escrita, são como lento entalhe?
agora acabo já me sentindo mal por me intrometer tanto assim ns suas
questões, afinal, basta !
2 comentários:
Escrever/ler é perturbar o familiar, sim. Muito legal isso. Perturbe, perturbe...
a gente escreve porque para outras coisas existe Mastercard.
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uma vez, por pura falta do que fazer, postei num lugar razões que um monte de gente (se) dava para este desvario.
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tenho pensado muito em Rimbaud, que parou de escrever depois de ter colocado coisas impressionantes no papel.
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Afinal, escrever pra quê?
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Fico às vezes pensando que viver é muito mais importante - aí lembro de Kafka, p. ex., e sua vida recolhida, tolhida, apesar da qual me fez (e a muita gente) viver (...) momentos muito ricos. O mesmo com Fernando Pessoa.
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Onde está o ponto de fusão?
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