Alguns textos tentam passar por coerentes e perfeitamente racionais recorrendo a clichês. Mas o leitor atento percebe que, debaixo da ordem apresentada, há um universo de ódio, rancor e ressentimento embalados no famoso “Complexo de Onipotência”. Já aconteceu várias vezes, e agora se deu novamente. Seu autor se considera o “Mais Inteligente Crítico da Baderna Estudantil”.
Mas o que fazemos para, além de “inteligente”, o texto se tornar “sincero”? É simples: aplicando a metodologia da desconstrução ao pé da letra. Trata-se do velho recortar as palavras, pô-las numa caixa e depois sortear. O resultado sempre é revelador. O texto fala (como dizem os psicanalistas sobre o orgasmo, “fazer o corpo falar”).
Eis aqui então o que realmente disse o nosso sagaz crítico:
A dissidência institucionalizada
Autor: Homo Sapiens
"Contraditoriamente dentro ou fora ou entre
Ou à porta dos radicalismos? Não importa.
A congregação das ignorâncias institucionais
Não opera com pessoas. Dá no mesmo.
Se tal vem se passando, é porque permite
O profundo alijamento do álcool, ou entender
O que poderia ser corrigido na profanação
Da ignorância dos elementos institucionais.
Ou seja,
Do ponto de vista das violações improvisadas
De um universo caótico de regras.
Por princípio, marginais não conseguem compreender a interminável
Coerência desde sempre institucionalizada;
Seus órgãos de inspiração revelam uma espécie
De longo impedimento das demandas de hoje:
Daí explicar minha resposta gerada nos interesses pessoais,
Mas sempre na retórica da legalidade negando confrontos,
Regrando as pessoas.
O que proíbo é o que a democracia não permite,
No efeito estético de métodos e discursos
Que fazem não parecer ser autoritário:
De um lado, máscaras, possibilidades de pessoas,
De outro, o conjunto principal das situações
Legitimadas, o bom esforço dos processos
Da democratização vigente,
A Universidade que não quer ser
E se deparou com a universidade,
O universo das academias que se recusam
Nos conselhos decisórios da Verdade.
Para eles: a história e a natureza do Estado,
Aperfeiçoando o ângulo dos perdedores constantes
Com a violência do pacifismo
Dos radicais civilizados que sobrepõem
Suas associações de participação, no surto
De suas próprias características.
Tudo contra
O sombrio efeito estético da democracia
E seus odores e a violência
De nossa jovem marginalidade
Talvez também inflada por pura autonomia.
Nos dias de hoje, as comunidades menos organizadas são
Os grupos do Departamento do Diálogo Diretivo,
Os grupelhos civilizatórios da dissidência
Cidadã contra a democracia uma vez
Que, entretanto,
A Grande Sucessão reveste-se por falhas:
É a violência das regras,
Das instalações de sua pertinência assumida
Por burrice, pela via de outras vezes,
É a sempre necessária simbologia
E o oportunismo político
Sobre a locomoção de uma opinião
Atavicamente “estudantil”.
É exatamente
Ainda sobre a não fala
Encarapitada no surto popular do homo sapiens,
Que se sobrepõe
O surto do advento dos radicalismos institucionais.
Trata-se de algo como uma primeira invasão
Institucionalizada da burrice decisória,
Seja do Correio das Práticas de Conotação do Direito
Seja da Unidade das Verdadeiras Práticas Sociais
Solucionadas pela emissão do Todo,
Ou da sã medida social do espaço nos processos
Ressentidos (legais ou ilegais), no recente
Arrombamento da expressão.
Ou seja, a necessária pedagogia:
Deparar-se com as fotografias
Das festinhas autoritárias institucionais,
Com camisetas institucionais, que lhes sejam
Caras, na via associativa das ignorâncias
E das boas intenções de presídio
Com telhados pedagógico-democráticos.
Dizer e redizer:
Uns e outros, outros e uns, outros
Dissidência a álcool.
Democracia, democratizar, democrático
Democratizante, instituicão, institucional,
Institucionalizar, política, politicamente,
Politização civilzatória, processo, processo,
Processo."