6/30/2007

Barra do Ódio


Paulo Corrêa aqui aportou &
Plantou os pés, metanol
Nas garrafas de pinga:

(Paulo Corrêa
O dizimador, o adestrador
De dragões, o contrabandista
De consciências, o bicão
Filador
De memórias alheias,

O senhor das chicotadas
Que ainda ardem
No dorso da castanheira
Centenária, no rio
Transparente.

O ceifador
De línguas, o semeador
Destes olhos furados
Ferventes, destas pálpebras
Que se fecham e comem
Sua voz, descendo até
Seu grito de dor

Estes olhos pontiagudos
Aos milhares
Queimando seus pés
Quando pisam
As terras de Paulo Corrêa)

4 comentários:

Aldemar Norek disse...

Cara, este é muito bom!!!!!!!
Vou ler de novo.

Aldemar Norek disse...

Mas quem é Paulo Corrêa?

Daniel F disse...

Foi um coletor de impostos, matador e torturador de Apiakás. A Giovana me contou a história, agora que está por aqui, de passagem: por lá (norte do mato grosso) alguns acreditam que o solo que ele pisou é amaldiçoado. e é mesmo! Mas poeticamente falando, acho que o Paulo Correa é mais um dos duplos de Oito-Olhos. Não é uma pessoa da história, é um personagem.
Abraço,

Daniel.

Aldemar Norek disse...

Tinha a intuição do personagem. Não importava tanto a explicação, como falei. Mas inteessante saber.
abração