1.
as roldanas haroldianas
(seu sacana, filhodaputa e derridá)
os derrisórios derridianos
os freiráticos freyrianos
o amar marioandradiano
(fodeu a árvore, seu malandro)
o mad max marxiano
a grama gramisciana
a bodurna bourdiana
a foca foucaultiana
o heil heideggeriano
(coçando o queixo qualquer
publicitário vira artista ao passo que eu
claudico sem uma nota de rodapé)
2.
acumulação primitiva de citações:
(meu estilo é cheio de si,
quem escrevi isso aqui?
é meu tudo o que pioneiramente
tive a idéia de copiar,)
3.
o cu do cool do caderno cultural
deleuze me livre!
kafka é uma comida árabe,
cabala é uma boate no rio de janeiro,
drummond é uma estátua sem óculos,
homero foi um cego que nunca existiu,
machado de assis enchia lingüiça
pedro álvares cabral de melo neto era gago
(conforme Sebastião Nunes)
Goethe escreveu um livro chamado Faustão
(“um século de leitores e até o espírito
vai feder”, Nietzsche &
quando eu disser que procuro um amor
leia-se
procuro um tema pra meu novo livro)
para o interior do contra a história oficial
a moderna reflexão da complexa questão
do sim do não talvez como o fio condutor
da poética das fricções do silêncio
do nada do vesgo do vazio
caindo no abismo do indizível.
2 comentários:
Daniel, está irritando este fato de você mandar um poema do caralho atrás do outro. Ando precisando de irritação. Mande mais, mande mais.
Este aí eu queria ter escrito, entre outros seus.
Abraço forte.
aldemar
p.s. este poema tem a ver com a ver com aquela história de carne picada em tripa de boi?
abração
Oi Aldemar,
tem sim.
legal que estás curtindo.
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