ela me sorri como se nada, longos
cabelos, crina onde se encrespa
o meu desejo no delírio de morfina
das imagens da natureza, ela parece
não sentir a vertigem de tudo,
ao fundo a gravura de um adolescente
com asas, partem de seu sexo raios
em todas as direções, não dos olhos
ou do peito, e ainda espreito,mudo,
alguém que tenha a alma sutil
no cubículo do mundo, na volúpia
dos ardis ela desabilita o sentido
que, perdido, espera no meio do salto
mortal ser salvo no último segundo
enquanto ela me sorri como se nada
3 comentários:
esse clima aí de morfina e artenovismo tem um ar meio João do Rio, não é mesmo?
sobre os muros de udi, o que vou fazer é ir a uma gráfica e mandar fazer alguns exemplares, naquele esquema, pra mim e pra amigos. qdo tiver te mando um. ele tem mesmo um certo lado meio narrativo, ainda que não linear.
É, Daniel, a gente sempre acaba conversando com alguma coisa anterior...
O clima geral ficou este mesmo, mas sampleei dois versos do Pierrete que você mme mandou. Achei geniais as sacadas do Bandeira e totalmente contemporâneas. Se um dia publicar estes troços vou fazer a menção ao poema dele e ao fato de vc er me apresentado.
Opa, vou receber mais um livro!!!
Não vou conseguir pagar nunca estes debitos. Não na mesma moeda...
ahahahaha
Abraço!
engraçado, não me lembrei do Bandeira. mas é isso mesmo, um clima artenovista de artificialismo, erotismo e entorpecimento. legal.
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