Adianta dizer a minha lucidez
E avançar meu argumento contra
O caráter precário da minha existência
Uma existência canina
De cão sem dono nunca resignado porém
Aqueles campeões em tudo produtivos e nem por isso saudáveis
E aqui reclamo minha agonia a ausência de obra nada saudável
A obra precária inexistente
Uma não obra
Uma mão na roda
Aquela alegria dos que obram e impõem-se
Os que respaldam a obra aqueles elogios nunca conheci
O reconhecimento e reclamo
Reclame
Publicitário
3 comentários:
ser ALGUÈM na vida
ou, pelo caminho inverso: aquele discurso do Caetano Veloso no festival, em que ele diz "hoje não tem Fernando Pessoa!" e diz mais pra platéia: "vocês nunca, vocês nunca serão ninguém! vocês são iguais sabe a quem? vocês são iguais sabe a quem?" etc.
uma não obra é uma faltalidade?
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