9/30/2011

Adianta dizer a minha lucidez
E avançar meu argumento contra
O caráter precário da minha existência
Uma existência canina
De cão sem dono nunca resignado porém
Aqueles campeões em tudo produtivos e nem por isso saudáveis
E aqui reclamo minha agonia a ausência de obra nada saudável
A obra precária inexistente
Uma não obra
Uma mão na roda
Aquela alegria dos que obram e impõem-se
Os que respaldam a obra aqueles elogios nunca conheci
O reconhecimento e reclamo
Reclame
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3 comentários:

Daniel F disse...

ser ALGUÈM na vida

Daniel F disse...

ou, pelo caminho inverso: aquele discurso do Caetano Veloso no festival, em que ele diz "hoje não tem Fernando Pessoa!" e diz mais pra platéia: "vocês nunca, vocês nunca serão ninguém! vocês são iguais sabe a quem? vocês são iguais sabe a quem?" etc.

Aldemar Norek disse...

uma não obra é uma faltalidade?