4/03/2008

Argumento pra um desenho em homenagem a Murilo Rubião (será que presta?)

Começa com um cara (dá pra fazer ele parecer “normal”?) andando na rua. Ele passa por uma mulher – gostosa – talvez seja legal ela usar um vestidinho branco cheio de letras de diferentes tamanhos, como se fosse a página de um livro. Seria legal as personagens e o ambiente só com os contornos desenhados de preto, o resto tudo branco. O cara resolve seguir a gostosa. Ela entra numa livraria.

Aparece então o livreiro: um velho barbudo com várias moedas penduradas na barba e um chapéu de marinheiro. Volta a cena pro cara e pra gostosa, ela olha pra ele e vai pra uma prateleira de livros meio escondida. O cara vai atrás. Ela pega um livro e coloca um bilhete dentro e sai. O cara (pensando que ela deixou o número do telefone talvez) vai e pega o livro. É do Murilo Rubião. E não tem bilhete nenhum dentro. De repente, o velho barbudo aparece atrás do cara e indica (pensei numa animação muda) que ele vai ter que comprar o livro que manuseou. O cara aceita a extorsão como se fosse a coisa mais natural do mundo.

O cara sai da livraria com o livro na mão, e se dirige a uma estação de trem. Fica sentado esperando e começa a ler o livro. O trem chega (alguma coisa podia ser feita com o maquinista, podia ser outra personagem de M Rubião). O cara entra: no trem todo mundo totalmente parado, as mesmas caras, como bonecos. Apenas um banco vazio, o do cara. Ele se senta. Eis que durante a viagem passa pelo meio do trem a mulher gostosa com roupa de página de livro. O cara tenta sair atrás, mas o passageiro do lado o impede de alguma maneira, talvez simplesmente ocupando o espaço. O cara então fica devaneando, olhando pela janela. Quando se vira pro cenário, o trem está vazio. E ele virou um dragão.

O trem pára numa cidade qualquer. Fica parado e vazio, só com o dragão. O cara meio sem entender. Olha pela janela, vê a mulher gostosa e o velho barbudo dando boas risadas na estação. O cara desce do trem. Eles não estão mais lá e o trem foi embora. O cara resolve andar na cidade atrás dos dois. O cenário: um tipo de cidade mineira interiorana. A partir daqui não tive muitas idéias. O negócio é o cara, ainda como dragão, ser preso. Na prisão, ele começa a passar por metamorfoses. Vira um coelho. Pede um cigarro pro carcereiro. Quer entender porque está preso, mas não consegue (não sei como isso seria feito, sem diálogos). A metamorfose começa a se acelerar: um urso, um tigre, um pato, vai acelerando, chega num ritmo intenso. Ele começa a girar muito rápido no ar, mudando rapidamente. Na última metamorfose ele vira um livro, do Murilo Rubião, rodopia no ar e acaba caindo na prateleira da livraria do velho barbudo.

Poderíamos pensar numa epígrafe bíblica abrindo a animação, à lá Rubião.

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