
ao que de dentro da névoa retorquiu
mínimo
impenetrável
o Afogado:
"já não me cripta mais
o que te acende num meio dia de sombras devastadas
onde plantavas simetrias da Verdade
e eu
lívido arauto das estrelas frias
fixas ancestrais orava incréu ao vento peregrino:
ensina-me a passar
ensina-me a passar
3 comentários:
Aldemar,
uma vez li um treco sobre a Bíblia que era louco, dizia que o Apocalipse é sempre, sem o viés histórico que joga o Apocalipse no futuro, vivemos "durante" o Apocalipse desde que o mundo é mundo. Apesar de não ser cristão, e ao mesmo tempo não ter a petulância de me dizer ateu, acho que essas tradições de sabedoria dizem muito sobre o nosso mundo, né? Diante de tudo isso, Alberto Caeiro é uma das A Resposta. Mas quem pode?
Ficou bonito esse poema, Norek. Acho que foi, dos seus, o que mais gostei.
vc sacou bem a influência (sampler puro) do Caeiro nos dois últimos versos.
Acredito em muitos apocalipses, não um só, ou muitos introdutórios. Cada um tem o seu, ou os seus.
Este poema tem quase dois anos.
obrigado, Eliana.
Postar um comentário