12/16/2006

onde andará o poema?

lerdo

trem sem fumaça

som

objeto-conceito
e ainda assim

nem-isso

tentativa,
pedra
água

o asno

e de repente gritos
golpes

batidas

e só no silêncio
urge

2 comentários:

Aldemar Norek disse...

esta parada do Silêncio, tem uma descrição do Gullar sobre a crise dele qdo do poema Roçzeiral, pré-concretismo, muito interessante.
Muito humano, também. E a coisa do recomeço, do rolar a pedra de novo pra cima, de outro modo. Reiniciar.

Daniel F disse...

é isso aí. e gostei muito das sacudidas do seu Mezanino, vi mais como uma interrogação que você propõe a quem escreve, uma ética mesmo. tem outro tipo de negação de que não gosto, presente em outros textos: essa que diz que existem escritores demais. Acho que existem demenos. E pra escrever é preciso encarar esse demenos em todos os sentidos. E aí já to falando do poema. Um abraço,