11/17/2006

língua dezessete

não colocarei flores
em teus cabelos

não te carregarei
no colo

recusarei teus sonhos

não teremos filhos

não iremos visitar
as malditas
igrejas católicas

teu deus é meu deus

e nem o sabemos

não beijarei tua testa

não te enxergarei
pela fresta

não serei teu

e serás sempre

o meu último poema

2 comentários:

Aldemar Norek disse...

gravidade zero, esmagados contra o chão.
gostei.

Anônimo disse...

Você muda, e um dia todo sim vira não.
Gostei, apesar de.