11/17/2006

Mofo

o muro de contenção. uma linha vertical modesta jamais humilde segurando a linha de sua encosta defronte para outra linha, aparentemente infinita mas fugaz e paralela de destino sempre certo. um muro público, traços de um refluxo distante, contendo a praça, traçada a singelezas nervosas costuradas pontos distantes. muro alto branco com pedras, com etiquetas, mesuras, deslocado, contendo com ele um muro. um subúrbio é sempre desolado. muro limpo de pedras guarnecido. uma província é sempre isolada, parede limpa de pedras abastecida. desloca o muro, pinta o muro perdido em sua altivez sibilante, contenção contida, esnobe fingida velha como a dor de dente em formatura.

3 comentários:

Aldemar Norek disse...

Masé,Masé..alguns poemas seus me deslocam de verdade....

Masé Lemos disse...

isto é bom? isto é ruim? beijos

Aldemar Norek disse...

pra mim poesia é sinônimo de deslocamento.
e cobra que não anda não engole sapo, certo?
rs
respondi?