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(música incidental: O Mundo é um Moinho , de Cartola)
O Espírito do Tempo eu nunca vi.
Devo estar cego ou ando desfocado,
se pra cavalo deste santo irado
não mostro vocação - nem pedigree.
Não sei se escrito ou psicografado,
disseram que ele anda por aí
disperso, esparso em tudo quanto li,
quando eu o procurava do meu lado.
E não me cabem passos nesta dança -
só a sensação de ter perdido o bonde
(ou visto as tais flores no ar, sem hastes).
Mas, ah, virando cabos e esperanças,
uma voz me sussurra não sei onde:
ainda é cedo, amor, mal começaste...
3 comentários:
O grande problema, meu amigo, é que o Espirito do Tempo está em você. E você nem percebe. Está naquilo que você chama de cotidiano, dia-a-dia. O que eu desejo pra todos nós, de coração, é que ainda seja cedo para a construção de novos Tempos. Mas, se a gente não parar para enxergar os sintomas do Espirito do Tempo em nós, se a gente tomar a vida e arte como algo natural, aí danou-se. Beijo.
e somos companheiros de viagem, Eliana.
com imenso prazer.
"Magoo"(Могу)em russo é a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo "poder" ;)
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