11/23/2006

língua vinte e quatro

lembrei-me de ti,
amigo

e de Rimbaud

um menino em estado selvagem
sabendo de tudo

e ao mesmo tempo,
aquela criança inócua

que apenas vagava
como um fantasma

eu escrevi muitos poemas
de Rimbaud

ele era meu irmão e amigo
caçava na floresta

amarga de minhas
lágrimas quentes

o que me recordo agora
DÉPART

assez vu. farto de ver.

assez eu. farto de ter.

assez connu. farto de saber.

uma das maiores dores
a partida

de um amigo

2 comentários:

Daniel F disse...

Belo poema, Anderson. Amigos se aproximam e se afastam, jamais partem.

Aldemar Norek disse...

na internet ou no papel, poesia e literatura têm que pulsar estes elementos de vida.