
mascavo e dissonante
o celacanto
esmaga flores rubras flores outrossim
hiberna as estações como se não bastasse
e antes macera
o nervo flores bruma crivos som
essa nervura
(úmida e quente, assim)
daqui do subsolo tudo é muito escuro – onde repousam seus olhos
a luz pode cegar quem a deseja
e o mundo ancora
ancora
ancora
ancora
(levanta
a perna amor
mais
um
pouquinho)
no seu pulsar rascante
todo de ar-
estas contra o ar-
estado círculo transfigurado áspera esfera
já sem todo viço
(não pára não pára não pára)
ainda assim deseja se confrontar com a sagrada e in-
traduzível música dos arpões.
3 comentários:
Muito legal o paralelismo. Parênteses são uma das ferramentas mais poderosas da escrita.
Norek, norek
muito bom este poema ...
a que tem-se de prolongar a sensação orgástica e depois? depois é nada
Gente, assim vou acabar gostando deste poema e seu viés pós-kitsch....
Postar um comentário